Aedes aegypti se adaptou a 2.600 m de altitude na Bolívia, dizem autoridades

O mosquito Aedes aegypti está se adaptando aos 2.600 metros de altitude na Bolívia, embora a esta altitude ainda não transmita doenças como zika, dengue e chikungunya, informou uma autoridade do serviço de saúde, citada nesta sexta-feira (11) por um jornal local.

O mosquito Aedes aegypti está se adaptando aos 2.600 metros de altitude na Bolívia, embora a esta altitude ainda não transmita doenças como zika, dengue e chikungunya, informou uma autoridade do serviço de saúde, citada nesta sexta-feira (11) por um jornal local.

“Subiu dos 2.200 metros sobre o nível do mar, onde vivia antes, e está se adaptando aos 2.600”, afirmou o chefe de Epidemiologia do Serviço Departamental de Saúde (SEDES) de La Paz, Jhonny Ayllón, citado pelo jornal Página Siete.

É por isso que o vetor foi encontrado, por exemplo, em povoados do departamento de Cochabamba, nos vales subandinos do centro da Bolívia e de clima temperado, justamente a 2.600 metros de altitude, embora ali não tenham sido registrados casos de zika, dengue ou chicungunya.

A Bolívia reportou até agora cinco casos de zika, entre eles o de um menino de cinco anos e de uma mulher grávida, e todos foram submetidos a tratamento médico. Além disso, registrou 240 casos de dengue e outros 400 de chikungunya, segundo dados do estatal Centro Nacional de Doenças Tropicais (Cenetrop).

Adaptação – O diretor de Epidemiologia, Ayllón, explicou que “o mosquito ainda está se acostumando a este ambiente. Provavelmente, consiga se adaptar bem e, então, começará a transmissão. Este é o temor dos epidemiologistas”.

Ele contou que na quarta-feira passada houve uma reunião em uma cidade do centro do país entre diretores de epidemiologia dos nove departamentos (estados) da Bolívia, onde foram conhecidas informações sobre o mosquito transmissor, assim como as ações adotadas para evitar maior propagação das três doenças.

O mosquito Aedes foi reportado sobretudo em departamentos de planícies e na Amazônia bolivianas, entre 400 e mil metros acima do nível do mar.

O governo também realiza com prefeituras e governos estaduais campanhas de fumigação de possíveis criadouros.

Fonte: G1

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