Os grandes terremotos são mais prováveis quando há marés altas ou vivas, ou seja, em fases de lua nova ou cheia, indica um estudo publicado na segunda-feira (12) pela revista “Nature Geoscience”.
Os grandes terremotos são mais prováveis quando há marés altas ou vivas, ou seja, em fases de lua nova ou cheia, indica um estudo publicado na segunda-feira (12) pela revista “Nature Geoscience”.
Uma equipe comandada pelo professor Satoshi Ide, da Universidade de Tóquio, no Japão, realizou experimentos que oferecem provas práticas do fenômeno, que até então não tinha sido demonstrado.
Ide e seus colegas recrearam o tamanho e a amplitude da “força da maré” – um efeito da gravidade que é responsável pela existência do fenômeno nos mares – registrado durante as duas semanas anteriores a vários grandes terremotos, com magnitudes acima de 5,5 graus.
Os cientistas acharam uma correlação entre as forças de maré e os grandes terremotos, não detectada nos sismos pequenos. Isso foi comprovado os tremores de Sumatra, em 2004, do Chile, em 2010, e em Tohuku-oki (Japão), em 2011, todos ocorridos em momento de uma grande amplitude da força de maré alta.
Os pesquisadores também descobriram que a proporção de grandes terremotos, em comparação com os pequenos, aumenta em relação com os incrementos da amplitude da força de maré.
A ciência ainda não conseguiu explicar totalmente como se iniciam e se desenvolvem os grandes sismos, mas acredita-se que eles crescem em cascata a partir de uma fratura pequena que se transforma em uma grande rachadura.
Os autores afirmaram na “Nature Geoscience” que seu estudo indica que há a probabilidade de uma pequena fratura progredir até se transformar em uma grande rachadura é maior durante as marés altas.
Em consequência, um maior conhecimento da força das marés em regiões sísmicas poderia contribuir para um melhor prognóstico da possibilidade de terremos, afirmam os pesquisadores.
Fonte: UOL
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