Cantareira volta a ser principal sistema produtor de água da Grande SP

O Sistema Cantareira voltou a ser, em janeiro deste ano, o principal sistema produtor de água da Grande São Paulo, segundo nota divulgada nesta sexta-feira (12) pela Companhia de Saneamento Básico (Sabesp). Segundo a empresa, o sistema atende agora 5,7 milhões de pessoas na região.

O Sistema Cantareira voltou a ser, em janeiro deste ano, o principal sistema produtor de água da Grande São Paulo, segundo nota divulgada nesta sexta-feira (12) pela Companhia de Saneamento Básico (Sabesp). Segundo a empresa, o sistema atende agora 5,7 milhões de pessoas na região. Já o Sistema Guarapiranga, que foi o maior produtor de março a dezembro de 2015, atende 5,2 milhões, ou 500 mil a menos.

O Guarapiranga se tornou o maior fornecedor de água em março do ano passado para “socorrer” o Sistema Cantareira, que na ocasião estava com 12,9% da capacidade. Antes da crise hídrica em São Paulo, o sistema abastecia 8,8 milhões de pessoas.

Nesta sexta, o Cantareira alcançou 47,7% de sua capacidade de 1 trilhão de litros de água, segundo a Sabesp. Já o Sistema Guarapiranga registrou 81,2% do seu limite de 171,2 bilhões de litros, ainda de acordo com a empresa.

Segundo a Sabesp, o aumento no abastecimento do Cantareira se deve às chuvas do início deste ano: 73,8 mil litros de água da chuva deram entrada no sistema em janeiro deste ano. No mesmo mês de 2015, foram apenas 11,5 mil litros vindos da chuva.

O programa de bônus, que prevê o estímulo da economia residencial de água por meio de descontos na tarifa da companhia, também foi apontado, pela companhia, como um dos motivos para a alta de atendidos pelo sistema. Segundo a Sabesp, mais de 14,8 bilhões de litros de água foram economizados em janeiro, o suficiente para abastecer cerca de 1,83 milhão de pessoas.

Vazão maior em janeiro – A Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) autorizaram, em janeiro, a Sabesp a captar mais água do Sistema Cantareira para a Região Metropolitana de São Paulo, durante o mês. O limite de captação subiu de 13,5 m³/s para 19,5 m³/s, ou seja, 44,4%. A vazão máxima do reservatório, no entanto, ficou abaixo do que a companhia da abastecimento havia pedido aos órgãos reguladores.

O sistema tem capacidade para armazenar 1.269 bilhões de litros (considerando o volume morto) e opera com 40,1% nesta segunda-feira (18). Após meses de dependência da reserva técnica, o manancial saiu sair do volume morto no fim de 2015 e usa, desde então, o volume útil para abastecimento da população. Especialistas ouvidos pelo G1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda segue em crise porque não se recuperou totalmente da crise hídrica.

A média de captação em janeiro do Cantareira, até o momento, é de 15,62 m³/s, segundo boletim da Sabesp. Um metro cúbico (m³) de água corresponde a 1 mil litros. Um documento enviado pela ANA ao DAEE destaca uma simulação do armazenamento do Cantareira até dezembro de 2016, mostrando que, para garantir 20% do volume útil até dezembro, a vazão máxima que pode ser retirada do sistema é de 19,5 m³/s.

Já a Sabesp, em nota, informou que iria realizar estudos técnicos para avaliar qual é o efeito da resolução conjunta da ANA e DAEE na retomada da normalidade do abastecimento de água. Segundo a companhia, a água do Sistema Cantareira é essencial “para o encurtamento dos períodos de redução de pressão na rede de distribuição”.

Fonte: G1

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