Feira mostra durante Olimpíada do Rio cultura e história dos índios brasileiros

Indígenas brasileiros das cinco regiões do país, representativos de 20 etnias, participam da feira Cultura Indígena, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro.

Indígenas brasileiros das cinco regiões do país, representativos de 20 etnias, participam da feira Cultura Indígena, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro.

A feira vai celebrar também o Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado anualmente no dia 9 de agosto e que foi instituído pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em dezembro de 1994.

O evento tem entrada franca e é organizado pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), em parceria com a Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM) e com o apoio da Fundição Progresso e do Museu da Justiça.

Essa é a terceira edição da feira, cujo objetivo é “mostrar a cultura dos povos indígenas”, segundo o presidente da Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM), cacique Carlos Tukano.

O indigenista Toni Lotar, que participa da organização da feira, imagina que o número de etnias participantes pode aumentar à medida que os índios que vieram para a cidade vender artesanato durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos souberem do evento. “Eles vão aparecer e a gente vai acolher, porque a feira está aberta a eles também”.

Além da feira cultural, o evento exibirá ao público a exposição “O Rio Continua Índio”, montada pela primeira vez, no ano passado, no Museu da Justiça. A mostra é composta por painéis ilustrados com fotos, gravuras e mapas que contam de forma histórica e antropológica a presença dos indígenas no estado do Rio de Janeiro, desde antes da chegada dos colonizadores europeus até o surgimento da Aldeia Maracanã.

Segundo Toni Lotar, a exposição e a feira são oportunidades de os turistas nacionais e estrangeiros que estão no Rio de Janeiro para a Olimpíada e a Paralimpíada conhecerem um pouco a história dos indígenas brasileiros. “E ao vivo. Eles estarão aqui se apresentando, cantando, dançando. Vai ser um acampamento indígena no primeiro andar da Fundição”.

Durante a feira, além da venda de artesanato, haverá apresentações de cantos e danças indígenas, pintura corporal, contação de histórias, rodas de debates. O “mutirão” indígena, conforme definiu Lotar, se estenderá durante dois finais de semana prolongados, de quinta-feira a domingo. O primeiro vai até o dia 14 e o segundo de 18 a 21 de agosto, no horário de 14h às 20h. Já a exposição “O Rio Continua Índio” é permanente e obedece ao horário de abertura da Fundição Progresso, às 10h.

A questão indígena estará presente em todos os debates, abordando a situação indígena no país. Entre os temas, estão a preocupação dos índios com a presença da Fundação Nacional do Índio (Funai), a demarcação de terras indígenas e a educação indígena. Toni Lotar lamentou que na programação do Comitê Rio 2016 para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos não tenha havido preocupação em promover algo relacionado aos índios brasileiros: “Por isso, a gente se preocupou em fazer esse trabalho aqui para a presença indígena ser valorizada, os turistas poderem ver, e os índios que estão perambulando pela cidade poderem chegar”.

As atividades envolverão representantes dos grupos Huni-Kuin (AC), Pataxó (BA), Tukano (AM), Guarani (RJ), Xavante (MT), Kayapó (PA), Tupi-Guarani (SP), Kaingang (RS), Xucuru Kariri (AL), Karajá (TO), Ashaninka (AC), Guajajara (MA), Fulni-ô (PE), Assurini(PA), Sateré Mawé (AM), Puri (RJ e MG), Tabajara (CE), Apurinã (AC), Pankararu (PE) e Potiguara (RN), entre outros povos indígenas brasileiros.

Fonte: Agência Brasil

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