Projetos inovadores recebem Prêmio A3P

O Ministério do Meio Ambiente anunciou os ganhadores do 6º Prêmio de Boas Práticas na Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), no final da tarde desta quarta-feira (26), em cerimônia no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

O Ministério do Meio Ambiente anunciou os ganhadores do 6º Prêmio de Boas Práticas na Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), no final da tarde desta quarta-feira (26), em cerimônia no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

Em sintonia com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, o Prêmio A3P mostra como diversos órgãos públicos estão desenvolvendo bons projetos e implementando iniciativas de sustentabilidade na administração pública.

A diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis do MMA, Raquel Breda, destaca que o prêmio é um estímulo para que a A3P se multiplique. “Como o programa é voluntário, depende da boa vontade das pessoas e das instituições, que aqui recebem um reconhecimento. O Prêmio vem para valorizar essa dedicação e mostrar a eles que fazem, sim, a diferença”.

O Prêmio recebeu 90 inscrições de todo o Brasil. “Isso mostra que estamos no caminho certo”, comemora Breda. A adoção aos princípios da Agenda Ambiental significa redução nos gastos com energia elétrica, material de consumo, água, implementação das compras públicas sustentáveis, melhora na qualidade de vida de todos que atuam no órgão e, sobretudo, uma mudança de cultura institucional.

Premiação – Os troféus em formato de árvores nativas brasileiras (buriti, castanheira, ipê e pau-brasil) levam a assinatura da designer Ana Paula Castro, do ateliê Oficina de Ideias. Foram confeccionados em material de baixo impacto ambiental, aço e madeira de reflorestamento.

O primeiro lugar na categoria Uso/manejo sustentável dos recursos naturais foi para o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal com o projeto uso de sistema de espuma por ar comprimido no combate a incêndios classes A e B. O tenente-coronel George Cajaty Braga, do Corpo de Bombeiros do DF, coordenou o projeto de pesquisa junto à Financiadora de Estudos e Projeto (Finep) que comprovou, em sete anos, a eficácia do sistema de espuma, já utilizado na Europa.

“O sistema diminui a temperatura de forma muito mais rápida do que a água, dando uma sobrevida às pessoas que estejam no ambiente. Em um minuto, a espuma abaixa a temperatura de 800 para menos de 60 graus, coisa que a água leva seis minutos para fazer”, conta o bombeiro. Além disso, em 15 dias, a espuma é 90% biodegradável.

Ônibus elétrico – Furnas Centrais Elétricas foi reconhecida por dois projetos – aplicação de baterias de lítio-íon em sistemas de informação da empresa e desenvolvimento de ônibus urbanos com tração elétrica. A coordenadora de A3P de Furnas Centrais Elétricas, Maristella Altomar, conta que o projeto do ônibus elétrico partiu de ideia de uma cidade sustentável, desenvolvido em parceria com o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “O ônibus elétrico, hoje, circula só no campus da UFRJ. Mas, no futuro, acreditamos na viabilidade de expandir para a cidade”, diz.

Sobre o prêmio A3P, ela diz que tem um valor muito grande junto aos funcionários da empresa. “Toda vez que ganhamos – no 5º prêmio também foram dois destaques – é um incentivo a mais. As pessoas se sentem mais estimuladas a fazer os projetos para serem premiados”, conta Maristella.

Mudas do cerrado – Um projeto que envolve presidiários da Papuda, em Brasília, na produção de mudas de espécies do Cerrado ganhou o primeiro prêmio na categoria Destaques da Rede A3P. O gerente de Meio Ambiente da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Albatênio Granja Júnior, explica que o convênio com a Fundação do Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) prevê a produção de 100 mil mudas. 50 mil já foram produzidas.

“O prêmio é um incentivo para conseguir mais parceiros e ampliar o projeto”, afirma. As mudas são utilizadas pela Terracap para recuperar áreas de Cerrado degradadas por empreendimentos imobiliários no Distrito Federal. O convênio proporciona uma alternativa de recuperação social aos presos, que recebem capacitação técnica e, portanto, uma nova profissão. Os presos ganham uma bolsa pelo trabalho e redução na pena.

Fonte: MMA

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