Com dois municípios em situação de emergência e cinco em alerta, o governo do Amazonas está elaborando um plano de ação para o caso de ocorrer uma grande cheia no estado.
Com dois municípios em situação de emergência e cinco em alerta, o governo do Amazonas está elaborando um plano de ação para o caso de ocorrer uma grande cheia no estado. O trabalho envolve principalmente a Defesa Civil Estadual e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que fazem o monitoramento da região. O governador do Amazonas, José Melo, também participa das discussões e ressalta que, apesar de não haver ainda uma previsão da magnitude da subida das águas, é importante adotar ações preventivas.
“Na verdade, o que estamos fazendo aqui é nos precavendo. Se permanecerem constantes as chuvas que estão acontecendo, teremos mais uma grande enchente no Amazonas. Diferentemente das outras, esta vai ser uma enchente que atingirá praticamente toda a Bacia Amazônica, uma vez que o [Rio] Purus já está bastante cheio e o Alto Solimões e Juruá também estão acima da média. Apenas o Madeira ainda está com uma enchente regular. O resto todo está com uma enchente fora do comum”, declarou o governador.
As chuvas fortes e acima da média para o período no Amazonas e o aumento do volume de alguns rios já são um indicativo de uma grande cheia, acrescentou Melo. “Se permanecerem esses níveis, teremos, não só uma grande enchente, mas uma enchente prolongada, o que causa um estrago na natureza muito grande e na questão da saúde também. Por isso, nós estamos aqui com a Defesa Civil e o CPRM, que têm expertise, analisando tudo e já vamos, agora, traçar um plano preventivo para que, se acontecer, estejamos preparados para ajudar os ribeirinhos.”
Apesar dos indicativos de cheia, a confirmação dessa previsão para o estado só deve sair no próximo mês, quando o CPRM vai divulgar o primeiro boletim de alerta. “O indicativo, tanto no Rio Amazonas, no Peru, quanto também na calha central, é que deve ser uma cheia acima da média ou talvez uma cheia grande, mas a magnitude dela saberemos somente no dia 31 de março”, informou o superintendente do órgão, Marcos Oliveira.
Os municípios de Guajará e Ipixuna, na calha do Juruá, já declararam situação de emergência. Mais de 2,5 mil famílias foram afetadas pela subida das águas nessas cidades. Guajará já recebeu ajuda humanitária e agora será a vez de Ipixuna.
“Os governos do estado e federal estão indo ao encontro do município de Ipixuna que já decretou situação de emergência. Vamos fazer um plano de trabalho detalhado para os outros municípios que ainda estão em situação de alerta e, provavelmente, se continuarem as precipitações e o aumento de volume da calha de rio, entrarão também em situação de emergência” , informou o secretário executivo de Defesa Civil do estado, coronel Fernando Pires.
Estão em situação de alerta, com possibilidade de evolução para emergência, os municípios de Juruá, Carauari, Envira, Eirunepé e Itamarati.
Fonte: Agência Brasil
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