Presidente e diretor-técnico do consórcio discutiram cooperação internacional com instituições do setor
Com o objetivo de conhecer novas tecnologias para superar problemas relacionados ao saneamento na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, o Consórcio Pró-Sinos participou da IFAT Munique, a maior feira de saneamento básico do mundo. A edição deste ano reuniu mais de três mil expositores de 60 países, além de cerca de 140 mil visitantes, de 160 países. O presidente do Pró-Sinos e prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, viajou para a Alemanha acompanhado do diretor-técnico do consórcio, Hener de Souza Nunes Júnior.
Além de levantar referências sobre o uso da água, tratamento de esgoto e gestão de resíduos, os objetivos da missão eram buscar subsídios para a estruturação da PPP de resíduos sólidos, que será iniciada neste ano, e identificar cases de sucesso que possam ser apresentados no Congresso de Saneamento Básico, que o Pró-Sinos realizará em setembro. “Também buscamos estreitar relações com instituições da área, para firmar parcerias de cooperação internacional”, destacou Pascoal.
No evento, o Pró-Sinos entrou em contato com a Klima.Werk, uma associação que reúne 16 cidades da bacia do Rio Emscher. A entidade objetiva auxiliar os municípios na construção de uma região habitável e resistente ao clima, com projetos na área de água, gestão sustentável, entre outros. “Também trocamos experiências com o UmweltCluster Bayern, um cluster de tecnologias ambientais que desenvolve soluções inteligentes e sustentáveis para os desafios ambientais regionais e globais, conectando empresas, instituições de pesquisa, municípios e formuladores de políticas”, acrescentou o presidente.
Na avaliação de Pascoal, nossa região, bem como o Rio Grande do Sul e o Brasil, ainda estão num estágio muito atrasado em relação à realidade da Alemanha e União Europeia. Isso porque, em grande medida, o tema ambiental, especificamente o saneamento básico, é relativamente novo. “A prestação de serviços no Brasil ainda é mal estruturada na maioria dos casos, faltam investimentos e, assim, as tecnologias utilizadas são inferiores àquelas dos países mais desenvolvidos. A consciência da sociedade sobre suas obrigações também é muito diferente. Contudo, temos uma grande oportunidade futura nesta área, especialmente com o Novo Marco Legal do Saneamento. Precisamos adotar boas práticas que elevem a qualidade de vida das nossas comunidades”, finalizou Pascoal.