O Papa Francisco pediu neste domingo (6) aos ministros de 195 países reunidos na COP 21, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que tenham “valor” para adotar decisões importantes para as gerações futuras.
O Papa Francisco pediu neste domingo (6) aos ministros de 195 países reunidos na COP 21, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que tenham “valor” para adotar decisões importantes para as gerações futuras.
“Que tipo de mundo desejamos transmitir aos que virão depois de nós, às crianças que estão crescendo?”, se perguntou o Papa durante o Ângelus diante de milhares de fiéis reunidos na praça de São Pedro.
“Pelo bem da casa comum, de todos nós e das gerações futuras, devem ser realizados todos os esforços em Paris para mitigar os impactos das mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, para lutar contra a pobreza e aumentar a dignidade humana. As duas questões andam de mãos dadas”, insistiu, lembrando a encíclica sobre o meio-ambiente, “Laudato si”, que publicou no início do ano.
“Rezamos para que o Espírito Santo ilumine os que devem tomar decisões tão importantes e lhes dê valor para conservar sempre como critério preferencial o bem soberano de toda a família humana”, acrescentou o pontífice.
A COP21 entra agora na segunda semana de negociação com o objetivo de fechar um acordo na próxima sexta-feira (11). A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, será responsável no papel de “facilitadora” por propor soluções para que haja consenso na questão de diferenciação entre países ricos e pobres na COP21. Ela atuará ao lado do ministro de relações exteriores de Cingapura, Vivian Balakrishnan.
Na segunda-feira (30), no avião que o levava de volta ao Vaticano após seu giro pela África, Francisco afirmou que o mundo está “à beira do suicídio” e que a comunidade internacional reunida na cúpula de Paris deve alcançar um acordo “agora ou nunca”.
Na encíclica “Laudato si”, o Papa abordou algumas questões chave antes da COP 21: reconhecimento da responsabilidade humana no aquecimento global, abandono das energias fósseis e grandes ajudas financeiras e tecnológicas aos países pobres para realizar as mudanças necessárias.
Fonte: G1
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