O ex-ministro das Relações Exteriores francês Laurent Fabius anunciou nesta segunda-feira a renúncia ao cargo à frente da Cúpula do Clima de Paris (COP21) pela controvérsia gerada sobre a compatibilidade desse trabalho com a de sua futura presidência do Conselho Constitucional da França.
O ex-ministro das Relações Exteriores francês Laurent Fabius anunciou nesta segunda-feira a renúncia ao cargo à frente da Cúpula do Clima de Paris (COP21) pela controvérsia gerada sobre a compatibilidade desse trabalho com a de sua futura presidência do Conselho Constitucional da França.
“Na minha opinião, não existe incompatibilidade com a presidência da última fase da COP21. No entanto, dado o início de uma polêmica interna sobre este tema, prefiro entregar meu mandato de presidente da COP”, informou em carta enviada ao chefe de Estado francês, François Hollande.
Foi a ministra de Ecologia francesa, Ségolène Royal, que no dia 12 de fevereiro solicitou que fossem “esclarecidas as regras do jogo” sobre o acúmulo de mandatos.
O papel de Fabius foi fundamental para o acordo de dezembro contra a mudança climática, e o agora ex-ministro pretendia continuar à frente das negociações até novembro, mês em que Marrocos assumiria o revezamento.
Royal, que após a renúncia de Fabius e a remodelação governamental do dia 11 ampliou sua pasta para acolher as Relações Internacionais sobre o Clima, não solicitou expressamente que este deixasse a presidência da COP21, mas pediu que explicasse “como as coisas funcionariam”.
Outras vozes do governo, como o secretário de Estado de Universidades e Pesquisa, Thierry Mandon, apoiaram a postura da ministra tachando hoje como “inimaginável” que Fabius pudesse compatibilizar ambas as funções.
Na carta a Hollande, o ex-ministro não insistiu na polêmica e se despediu com o desejo de que a aplicação do “acordo histórico” de Paris tenha o mesmo êxito que sua adoção.
Fonte: Terra
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