Produção mundial de madeira cresce apoiada na construção e energias verdes

A produção mundial dos diferentes tipos de madeira cresceu em 2015 pelo sexto ano consecutivo pela construção e as energias verdes, indicou nesta quarta-feira (14) a Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO).

A produção mundial dos diferentes tipos de madeira cresceu em 2015 pelo sexto ano consecutivo pela construção e as energias verdes, indicou nesta quarta-feira (14) a Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO).

A agência das Nações Unidas precisou em uma nota que a produção de produtos madeireiros cresceu entre 1% e 8% anual, dependendo dos casos, enquanto seu valor no comércio global se reduziu.

A madeira e o papel movimentaram US$ 235 bilhões em 2015, frente aos US$ 267 bilhões do ano anterior, devido à redução dos preços.

A produção florestal se concentrou na região da Ásia-Pacífico impulsionada pelo crescimento econômico sem interrupções e na América do Norte pela recuperação de seu mercado imobiliário, segundo a FAO.

Além disso, a maior demanda de biocombustíveis, fomentada pelas políticas a favor das energias renováveis na Europa, levou ao auge da produção de serragem prensada, que somou 28 milhões de toneladas em 2015 e se multiplicou por dez na última década.

O mercado mundial deste produto está dominado pela Europa e América do Norte, com os Estados Unidos e Canadá como responsáveis de mais de um terço da produção, enquanto o Reino Unido, Dinamarca e Itália somam 80% das importações.

“A indústria florestal está se adaptando às mudanças e tem um enorme potencial para desempenhar um papel-chave nas bioeconomias emergentes. O maior uso de materiais de construção modernos e da oferta energética procedentes da madeira podem contribuir para reduzir as emissões líquidas de dióxido de carbono”, afirmou o especialista da organização Mats Nordberg.

Frente ao rápido crescimento na produção e comércio de produtos relativamente novos, como os tábuas de madeira e a serragem prensada, outros setores se contraíram.

A FAO destacou que a imprensa digital e a tecnologia reduziram a demanda de papel gráfico, cuja produção caiu 2,3% anual alcançando seu nível mais baixo desde 1999.

Dita tendência já tinha sido observada na América do Norte e Europa, mas agora foi replicada em outras partes do mundo.

O papel recuperado representa 55% de toda a fibra usada para produzir papel, uma parcela que foi aumentando nas últimas décadas até se situar em 225 milhões de toneladas.

Enquanto isso, o comércio de polpa de celulose e papel recuperado subiu 3% em 2015 perante o início da produção de novas fábricas de celulose orientadas à exportação no Brasil e Uruguai, segundo os dados da FAO.

Fonte: Terra

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