Mapeamento mostra que tem mais Mata Atlântica em SP que se pensava

Uma nova metodologia que reduz a área mínima de identificação para análise das imagens captadas via satélite revela que o estado de São Paulo tem 22,9% (cerca de 3,9 milhões de hectares) de sua Mata Atlântica original. A análise anterior considerava que o índice era de 16,2% (2,7 milhões de hectares).

Uma nova metodologia que reduz a área mínima de identificação para análise das imagens captadas via satélite revela que o estado de São Paulo tem 22,9% (cerca de 3,9 milhões de hectares) de sua Mata Atlântica original. A análise anterior considerava que o índice era de 16,2% (2,7 milhões de hectares).

O mapeamento obtido com exclusividade pelo G1 foi feito pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e foi apresentado neste domingo (5) para a Secretaria do Meio Ambiente do governo de São Paulo.

A diferença no índice foi possível por uma mudança de 3 hectares para 1 hectare como área mínima de identificação. Com a nova metodologia é possível considerar também áreas com vegetação de porte florestal que tenham sinais de alteração ou que ainda estejam em estágios iniciais de regeneração.

A metodologia do mapeamento detalhado identifica áreas de vegetação natural principalmente nas bordas de rios e represas. O mapeamento detalhado mapeia outros fragmentos em menor estado de conservação e identifica áreas de várzea com vegetação natural.

“No início a gente mapeava áreas de 40 hectares”, explica Marcia Hirota, diretora executiva da SOS Mata Atlântica. “Ao longo dos anos estamos aprimorando cada vez mais. Hoje temos trabalho no Brasil todo de monitoramento das áreas acima de um hectare. No caso de São Paulo faz muito diferença. O desmatamento do que ainda sobrou a floresta é um desmatamento pequeno. São Paulo nos três últimos anos reduziu o desmatamento porque já não tem mais grandes desmatamentos.”

Hirota explica que com este mapeamento é possível acompanhar a evolução disso e aumentar a floresta em áreas que ainda estão preservadas. Assim, este mapeamento pode ser usado para o planejamento de ações de proteção da água que abastece rios e represas, criação de corredores ecológicos e recuperação da vegetação nativa. “Com imagens mais precisas, é possível observar fragmentos menores de floresta que garantem a proteção das nascentes e do fluxo hídrico, fundamentais em um cenário de escassez de água que ainda enfrentamos.

Fonte: G1

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