Um acordo selado nesta segunda-feira (8) pode, pela primeira vez na história, estabelecer um padrão de reduções de emissões de dióxido de carbono para a aviação comercial.
Um acordo selado nesta segunda-feira (8) pode, pela primeira vez na história, estabelecer um padrão de reduções de emissões de dióxido de carbono para a aviação comercial.
Firmado em Montreal (Canadá) pelos países participantes da Organização da Aviação Civil Internacional (Icao), o tratado precisa agora ser aprovado pelo conselho de governo deste órgão da ONU para entrar em vigor.
Os Estados Unidos já deram como certa a aprovação do acordo, que a Icao qualificou nesta segunda (8) em comunicado como “recomendações” realizadas por 170 especialistas internacionais do Comitê sobre Proteção Ambiental da Aviação (CAEP, na sigla em inglês) da entidade.
“Os Estados Unidos e outros 22 países selaram o primeiro acordo da história sobre padrões globais de emissões da aviação comercial”, disse a Casa Branca em comunicado.
“Quando estiverem totalmente implementados, espera-se que os padrões reduzam as emissões de carbono em mais de 650 milhões de toneladas entre 2020 e 2040”, acrescentou o texto.
140 milhões de carros – Este número equivale a retirar mais de 140 milhões de veículos da estrada durante um ano.
Posteriormente, um funcionário da Casa Branca qualificou o acordo como “histórico”, e disse que é “um grande passo adiante” na agenda global contra a mudança climática. Ele ressaltou que o tratado será aplicado tanto a aeronaves que estão em produção como às que serão fabricadas no futuro, mas não valerá para as atualmente em operação.
“Os EUA pressionaram muito para ter um bom padrão, e estamos orgulhosos de ter conseguido um acordo tão sólido”, disse a jornalistas o funcionário, que pediu anonimato.
Em Montreal, sede da Icao, o presidente do conselho deste órgão da ONU, Olumuyiwa Benard Aliu, classificou em comunicado como “recomendação” as medidas ambientais aprovadas.
O acordo também estabelece o fim da produção, em 2028, de todas as aeronaves que não cumprirem os padrões.
A Icao disse que as normas terão especial impacto nos aviões de maior tamanho, já que as aeronaves que pesam mais de 60 toneladas são responsáveis por 90% das emissões da aviação internacional.
“O objetivo deste processo é finalmente garantir que quando a próxima geração de aviões entrar em serviço, sejam garantidas reduções nas emissões internacionais de dióxido de carbono”, explicou Aliu.
Fonte: G1
[Galeria:171]