OMS diz que zika está em queda no Brasil, mas pode crescer no mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (25) que a epidemia de zika está claramente em regressão no Brasil. A entidade acredita, no entanto, que o número de casos de pessoas afetadas pelo vírus pode aumentar “significativamente” nos próximos meses no mundo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (25) que a epidemia de zika está claramente em regressão no Brasil. A entidade acredita, no entanto, que o número de casos de pessoas afetadas pelo vírus pode aumentar “significativamente” nos próximos meses no mundo.

A queda nos registros no Brasil está provavelmente relacionada com o fim do verão, de acordo com a France Presse. “A epidemia está em uma fase descendente no Brasil”, afirmou Marie-Paule Kieny, subdiretora-geral da OMS, em coletiva de imprensa em Paris. “O mesmo acontece na Colômbia e Cabo Verde”, acrescentou.

No entanto, observou que é impossível no momento saber se haverá uma reativação do vírus no futuro e uma propagação para outras zonas ainda não infectadas. No Brasil, foram registrados 1,5 milhão de casos de zika e o vírus se estendeu a muitos países da América Latina.

Com o início na Europa da temporada dos mosquitos, “a possibilidade de uma transmissão local combinada com prováveis transmissões por via sexual poderia provocar um aumento significativo do número de pessoas afetadas pelo zika e das complicações que isto representa”, afirmou Marie-Paule. No entanto, os cientistas não esperam uma pandemia na Europa este ano.

“Na medida em que as temperaturas começam a aumentar na Europa (com a aproximação do verão no hemisfério norte), duas espécies de mosquitos Aedes, conhecidas por transmitir o vírus, vão começar a circular”, disse Kieny. “O mosquito não tem fronteiras”, completou.

De três a quatro milhões de casos de zika são esperados no continente americano. Por enquanto, apenas alguns casos foram relatados na França e em seis países europeus.

No entanto, um aumento significativo no número de casos poderia ser observado em áreas do mundo ainda não atingidas pela epidemia, advertiu a OMS.

Mais de 600 cientistas participam nesta segunda e terça-feira (26) de um colóquio internacional sobre o vírus da zika, no Instituto Pasteur de Paris.

Os cientistas tentam determinar quanto tempo o vírus pode permanecer no corpo humano, o grau de risco de transmissão por via sexual e a lista completa de doenças que pode causar.

Também devem falar sobre o vínculo do vírus com a microcefalia, uma patologia que provoca danos cerebrais graves nos recém-nascidos, e com a síndrome Guillain-Barré, que pode provocar paralisia e morte.

A OMS já declarou esta doença uma “emergência de saúde pública de alcance internacional”.

O vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, provoca muitos problemas na América Latina desde 2014, mas também preocupa a Europa, apesar da maioria dos casos da doença ser considerada leve.

Segundo o Instituto Pasteur, 1,5 milhão de casos foram contabilizados no Brasil, principal foco da epidemia. De três a quatro milhões de casos estão previstos para o continente americano.

Fonte: G1

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